Pensamentos soltos

Hoje, no terceiro horário da faculdade(aquele que a fome é tanta que a atenção quase voa), meu professor, enquanto falava de localização de facilidades e modelo de Benders, abriu um parênteses para um assunto que me deixou o resto do dia encucada pensando. Entre falar sobre a importância do planejamento financeiro e sobre a necessidade de preenchermos nossas necessidades, ele falou a seguinte frase: "procurar um psicólogo, um psiquiatra, também é importante porque sentimentos internalizados podem causar doenças". Essa frase me lembrou o primeiro post que fiz nesse blog, me lembrou que eu tenho um blog, um lugar aonde eu posso desabafar como se estivesse gritando aos quatro cantos do mundo.

Confesso que, a partir de agora, esse texto não vai fazer nenhum nexo. Até porque os meus pensamentos nesse momento, ou nos últimos meses, têm estado tão embaralhados que é difícil achar alguma ordem. Eu sou uma das pessoas mais inseguras do mundo. E, como eu insisto em dizer pra mim mesma todos os dias, o colégio onde eu estudei e as pessoas com quem me relacionei têm uma certa culpa nisso. Mas, como eu também insisto em tentar fazer eu mesma acreditar, eu sou a principal culpada por deixar com que essas coisas me façam mal até hoje a ponto de me impedir de tomar as decisões com firmeza e,quem sabe, até de viver a vida. O que me levou a ser insegura é assunto para outro post, o que importa é que eu não consegui superar isso. Logo eu que, desde aquela época, ficava imaginando mil cenas na minha cabeça pensando como iria ser bom superar isso tudo e como eu estaria melhor depois de uns anos. Meu maior problema,eu acho, é sempre esperar que os outros vão resolver os meus problemas. Do tipo, "ah, vão aparecer amigas maravilhosas que sempre estarão para o meu lado e nunca farão sacanagens comigo" ou "e quando eu encontrar aquele menino(agora, já é homem,né?) perfeito que me fará tão bem e será tão lindo que todos que me rejeitaram cairão aos meus pés". Sim, eu sou assim, vingativa, até malvada para quem quiser. Mas eu sou assim por causa das circunstâncias, das pessoas que fizeram coisas ainda piores comigo, e, principalmente, por causa da minha incapacidade de acreditar que tudo que eu preciso é de mim mesma. Eu não preciso de ninguém para me ajudar a superar, a crescer, a atingir minhas metas, a ter fé de novo na vida. Aliás, eu preciso de alguém sim, eu preciso de mim. Preciso da Luisa que ama ser a Luisa, que quer ser a melhor Luisa de todas até o fim dos tempos, da Luisa que ama a vida e tem esperança nela. Esperança? Nem sei porque falo isso, minha vida é tão boa, tenho tanta coisa que não devia reclamar. Mas o ser-humano é assim,né? "A grama do vizinho sempre é mais verde". Ver um amigo postando as fotos de um intercâmbio, uma amiga arrumando um estágio bacana, todas as amigas namorando. Eu tenho essa mania péssima de sempre achar que eu estou pior. E aí os pensamentos aparecem, eu fico triste, e os sentimentos não revelados,aos poucos, vão se transformando em doença.

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