E quando chega a hora de crescer?

Eu tinha decidido que o post hoje não ia ser desabafo. Eu ia contar sobre um restaurante delícia que eu fui sexta com as minhas amigas, já tinha até começado a escrever o post. Mas aí aconteceu uma coisa que me deu vontade de desabafar. E enquanto eu não arrumo um psicólogo com quem eu me sinta bem para contar tudo, eu vou escrevendo no blog pra não sufocar.

Família pra mim é uma das palavras mais lindas que existem. O significado dela pra mim é "mãe,pai e irmão". Eu e eles, graças á Deus, sempre vivemos muito bem,muito unidos,muito felizes. Não tenho do que reclamar. Nesses quase 21 anos que se passaram, grande parte eu passei com eles e foram os melhores momentos com certeza. Mas quando a gente começa a ir pra esse mundão aí fora(leia-se faculdade e estágios), o medo começa a surgir. Medo de que Luisa? Eu vejo todo mundo tão independente e independência nunca foi uma característica que me definisse. Falo mesmo, moro com meus pais até hoje, adoro viajar com eles e adoro sair com eles. E ver todo mundo tão independente me faz pensar que,se eu perder os três, eu não vou conseguir seguir sozinha. Longe de mim ficar imaginando essas perdas mas,somos a geração de aprender a viver o sozinho,certo? Como ainda não arrumei nenhum namorado pra me apoiar(apoiar, que palavra errada né? não devíamos precisar de apoiar em ninguém), estou buscando os caminhos pra, caso um dia precise, saber viver sozinha. É pensar demais no futuro? É, porque eu acho que, quem não pensa no futuro, acaba passando uns perrengues quando ele chega. Viajar sozinha para fora fazer um curso de língua é sim um bicho de setenta cabeças para quem nunca ficou mais de uma semana longe da família. E é um bicho que impõe medo, claro que é. Mas,por outro lado, é um medo pelo qual eu quero passar para aprender a viver. Eventualmente, isso vai ter que acontecer não?

Pensamentos soltos

Hoje, no terceiro horário da faculdade(aquele que a fome é tanta que a atenção quase voa), meu professor, enquanto falava de localização de facilidades e modelo de Benders, abriu um parênteses para um assunto que me deixou o resto do dia encucada pensando. Entre falar sobre a importância do planejamento financeiro e sobre a necessidade de preenchermos nossas necessidades, ele falou a seguinte frase: "procurar um psicólogo, um psiquiatra, também é importante porque sentimentos internalizados podem causar doenças". Essa frase me lembrou o primeiro post que fiz nesse blog, me lembrou que eu tenho um blog, um lugar aonde eu posso desabafar como se estivesse gritando aos quatro cantos do mundo.

Confesso que, a partir de agora, esse texto não vai fazer nenhum nexo. Até porque os meus pensamentos nesse momento, ou nos últimos meses, têm estado tão embaralhados que é difícil achar alguma ordem. Eu sou uma das pessoas mais inseguras do mundo. E, como eu insisto em dizer pra mim mesma todos os dias, o colégio onde eu estudei e as pessoas com quem me relacionei têm uma certa culpa nisso. Mas, como eu também insisto em tentar fazer eu mesma acreditar, eu sou a principal culpada por deixar com que essas coisas me façam mal até hoje a ponto de me impedir de tomar as decisões com firmeza e,quem sabe, até de viver a vida. O que me levou a ser insegura é assunto para outro post, o que importa é que eu não consegui superar isso. Logo eu que, desde aquela época, ficava imaginando mil cenas na minha cabeça pensando como iria ser bom superar isso tudo e como eu estaria melhor depois de uns anos. Meu maior problema,eu acho, é sempre esperar que os outros vão resolver os meus problemas. Do tipo, "ah, vão aparecer amigas maravilhosas que sempre estarão para o meu lado e nunca farão sacanagens comigo" ou "e quando eu encontrar aquele menino(agora, já é homem,né?) perfeito que me fará tão bem e será tão lindo que todos que me rejeitaram cairão aos meus pés". Sim, eu sou assim, vingativa, até malvada para quem quiser. Mas eu sou assim por causa das circunstâncias, das pessoas que fizeram coisas ainda piores comigo, e, principalmente, por causa da minha incapacidade de acreditar que tudo que eu preciso é de mim mesma. Eu não preciso de ninguém para me ajudar a superar, a crescer, a atingir minhas metas, a ter fé de novo na vida. Aliás, eu preciso de alguém sim, eu preciso de mim. Preciso da Luisa que ama ser a Luisa, que quer ser a melhor Luisa de todas até o fim dos tempos, da Luisa que ama a vida e tem esperança nela. Esperança? Nem sei porque falo isso, minha vida é tão boa, tenho tanta coisa que não devia reclamar. Mas o ser-humano é assim,né? "A grama do vizinho sempre é mais verde". Ver um amigo postando as fotos de um intercâmbio, uma amiga arrumando um estágio bacana, todas as amigas namorando. Eu tenho essa mania péssima de sempre achar que eu estou pior. E aí os pensamentos aparecem, eu fico triste, e os sentimentos não revelados,aos poucos, vão se transformando em doença.

[Filme] Meia Noite em Paris

Primeiro dia de férias é daquele jeito,né? Vontade louca de ir ao cinema à tarde, o que é quase impossível na rotina louca de estágio-faculdade. haha Confesso que eu nem estava com vontade de ver Meia Noite em Paris mas fui fazendo companhia pra minha mãe e ela queria mais do que tudo ver esse filme. E que bom que ela queria!

Título Original: Midnight in Paris
Ano: 2011
Direção: Woody Allen
Atores: Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy
Duração: 100 min
Gênero: Comédia Romântica
Sinopse: Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.

O que eu achei? Lindo,lindo,lindo! É lindo porque se passa em Paris,claro! Mas é lindo também porque mostra os anos 20 e a Bélle Époque de Paris. Além disso, faz referência a vários escritores/pintores famosos dessas épocas do tipo o protagonista convive com eles,sabe? Ganha 4 estrelas e meia porque nada é perfeito né? No caso desse filme, alguns personagens bem chatinhos impedem que ele atinja a perfeição!

E nas minhas andanças pelo Shopping, acabei encontrando um anel lindo na Colar que coube no meu dedo gordinho. Gente, eu sofro pra comprar anel viu? Os que eu gosto nunca cabem no meu dedo e os outros, melhor não comentar,né? hehe O que importa é que eu comprei o anel tamanho 20 de laço prata com bolinhas pretas! Vou ver se tiro foto depois e mostro pra vocês! Falei mais pra vocês não desistirem se passam pela mesma situação que eu(dedos gorduxos! haha).

Sobre o bem que escrever faz


Essa semana eu passei por uma situação que me fez lembrar a importância do escrever. Escrever para desabafar, para distrair, para dividir informações e sentimentos. Escrever para alguém que ler ou até pra jogar as palavras no nada mesmo. Escrever em um diário, em uma caderno, em um pedaço de papel, em um blog, em um documento do Word ou até na imaginação. Escrever, como o próprio dicionário diz, é uma forma de comunicar. A civilização em que vivemos atualmente, pautada pelo medo de errar e do que o outro vai achar, fez com que nos fechássemos, não desabafássemos com qualquer um ou,ás vezes, até com nenhum. E isso, por um certo ponto, é ruim. Não desabafar, não tirar de dentro de você o que te aflinge faz mal a qualquer um. E quando eu digo mal, não é apenas um mal psicológico mas também um mal físico. Não, eu não estou falando que todos devemos contar nossas vidas e nossos sentimentos para os quatro cantos do mundo. É preciso escolher com quem desabafar e,se não encontrar tal pessoa, escrever. Voltamos para o início do post: a importância de escrever. Volto a ser blogueira por causa disso.